Os líderes ocidentais que participam da reunião de líderes do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, acusaram o presidente russo, Vladimir Putin, pela crise na Ucrânia, ameaçando ainda mais sanções se a Rússia não retirar as tropas e armas de nação vizinha.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a agressão russa contra a Ucrânia era uma ameaça para o mundo, enquanto o Conselho Europeu exigiu que Moscou coloque pressão sobre os rebeldes para aceitar um cessar-fogo.
Falando nos corredores da reunião em Brisbane, Obama colocou segurança e alterações climáticas como ponto central da reunião dos líderes, ofuscando as conversações sobre como levantar o crescimento econômico global.
Obama disse que os Estados Unidos estavam na vanguarda da "oposição à agressão da Rússia contra a Ucrânia, que é uma ameaça para o mundo, como vimos no terrível acidente do MH17".
A chanceler alemã Angela Merkel disse que a União Europeia considerava novas sanções financeiras contra indivíduos russos por causa da crise na Ucrânia.
"A situação atual não é satisfatória", disse Merkel a repórteres na cúpula. "Atualmente, a lista de mais pessoas está na agenda. "
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, também na reunião do G20, disse que os ministros estrangeiros da Europa se reunirão na segunda-feira para avaliar a situação na Ucrânia e se novas medidas, incluindo sanções adicionais, serão necessárias contra a Rússia.
Um porta-voz do Kremlin disse que a crise na Ucrânia foi o único tema discutido em um encontro entre Putin e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, mas acrescentou que ambos expressaram interesse em "acabar com o confronto" e reconstruir relações. Putin também se reuniu com o presidente francês, François Hollande, e ambos concordaram em proteger os seus laços de efeitos das sanções, disse o porta-voz.
Fonte: Reuters