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Padre Marcelo revela ajuda de Antonio Ermírio ao Santuário

Música - 18/10/2014 10:27


“Quando comecei a projetar o Santuário Mãe de Deus, ainda na década passada, contava com uma quantia que havia juntado para comprar o terreno de 30 mil m2 na avenida Interlagos (próximo à Marginal Pinheiros, na Zona Sul de São Paulo), onde eu idealizava erguer a obra. Eu tinha juntado R$ 4 milhões, mas o proprietário queria R$ 7 milhões. Pensei em pedir ajuda a alguns empresários, mas fiquei relutante, sem saber qual seria a reação deles. Meu pai pensou no dr. Antonio Ermírio de Moraes , sabia que ele era um homem generoso, e o procurou. O empresário aceitou falar comigo, conheceu o projeto e perguntou quanto eu precisava. Disse que se ele me ajudasse a comprar o terreno, o restante eu faria com novos recursos que viriam de projetos artísticos e produtos vendidos no local. Dr. Ermírio doou os R$ 3 milhões que faltavam mas pediu que eu não revelasse aquilo a ninguém. Não queria se promover às custas daquele gesto. Agora que ele não está mais entre nós, acho justo citar este episódio e reverenciar sua nobre atitude”, explicou o religioso ao Portal Sucesso. Sobre eventuais apoios financeiros de outros empresários, ele foi direto: “Tem muito blá, blá blá, mas quase ninguém ajuda. Também não sou de ir atrás, de ficar pedindo. Vou fazendo por minha conta, por isso é que leva mais tempo”, afirma.
De lá pra cá, Padre Marcelo já desembolsou mais de R$ 25 milhões em recursos próprios para as obras no local, que abriga até 100 mil pessoas, 25 mil no espaço fechado e 75 mil no espaço aberto. “O santuário não é meu, é dos fiéis. Tudo que ganho com meus projetos (CDs, DVDs, filmes e livros) é revertido 100% para as obras. Já fizemos muita coisa, mas ainda há muito a ser feito. Não construí a casa paroquial, por exemplo, por isso não moro lá. Mas essa é uma das minhas prioridades. Aliás, quando eu morrer, quero ficar para sempre no santuário”, afirma.

Padre Marcelo não se mostra chateado com a divulgação recente de que o Vaticano acompanhou por quase 10 anos suas atividades artísticas e, sobretudo, religiosas, por conta de denúncia feita por um membro da igreja brasileira, acusando-o de culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, desvirtuamento das práticas católicas e por atuar nas missas como espécie de animador de auditório. “Que bom que eles perceberam que eu não escondia nada e que não fazia nada que vá contra os princípios da igreja”, comenta ele, que em 2010, como reconhecimento ao seu trabalho de evangelizador moderno, recebeu das mãos do Papa Bento XVI o prêmio “Van Thuân – Solidariedade e Desenvolvimento”. A propósito, recentemente a Diocese de Santo Amaro “renovou” a permanência de Marcelo Rossi como pároco do Santuário Mãe de Deus até 17 de maio de 2020. “Até lá, se Deus me der saúde e força, quero concluir as obras e ampliar o trabalho evangelizador que desenvolvemos”.
Padre Marcelo acaba de lançar, via Sony Music, seu mais novo projeto musical, o CD “O Tempo de Deus”. E já adianta o que fará com a receita que lhe couber no produto: uma capela que faz parte do projeto original do santuário, assinado por Ruy Ohtake. Composto por 14 faixas, todas elas de autoria do religioso, o disco chegou às lojas no início desta semana. E, desde o último domingo (12), está sendo vendido no Santuário Mãe de Deus. “Foram 50 mil cópias comercializadas no local em apenas quatro dias”, festeja ele.

A grande vitória de Marcelo Rossi nesse projeto está ligada à “queda de braço” travada com a multinacional do disco por conta do preço final sugerido. “No ano passado, lançamos o EP “Já Deu Tudo Certo”, com cinco músicas. Foi vendido a R$ 9,90 ao consumidor final e alcançou 1,8 milhão de cópias. Neste ano, quando concebia “O Tempo de Deus”, procurei a gravadora e disse que queria trabalhar com o mesmo valor do EP. Os executivos me mostraram planilhas, explicaram que seria impossível, que era preciso considerar os custos de fabricação, marketing e direitos autorais, além da margem dos lojistas etc. Eu propus: posso fazer as 14 músicas, abro mão dos direitos de autor e assim ajudo a reduzir os custos. O que acham? A Sony aceitou, topou reduzir a parte dela e, ao final, consegui meu objetivo”, diz Marcelo Rossi. “Eu mesmo não ouço tanto CD como antigamente. Tenho iPod, ouço no computador. Mas os fiéis ainda são grandes consumidores do formato físico. Além do que meus discos ajudam na evangelização. E eu não quero que o público compre na banca do pirata porque é mais barato”, justifica. A expectativa do padre é que o disco alcance um milhão de cópias em vendas até o final do ano.

Em 2015, “O Tempo de Deus” ganhará versão em DVD (em apresentação a ser gravada no santuário). Além disso, Padre Marcelo promete para março próximo o lançamento de seu novo livro, “Philia Contra Depressão e Ansiedade”´(editora Globo), inspirado no CD que ora está sendo lançado e na experiência pela qual o religioso passou em 2013, quando sofreu com uma crise de depressão que o levou à perda de peso (chegou a 60 quilos) e interferiu muito em suas atividades profissionais. “Já combinei com o pessoal da editora que farei eventos de lançamento do livro em 60 diferentes cidades, com tardes/noites de autógrafo. Esses encontros são muito importantes para sentir o que as pessoas pensam a respeito do nosso trabalho”, avalia ele. “E se eu não estivesse com a saúde boa, não marcaria tantos compromissos”, enfatiza.

Embora valorize o lançamento de CDs e DVDs, Padre Marcelo Rossi admite que a maior receita para custear os projetos do seu santuário advém da venda de seus livros. “Vendemos 10 milhões de exemplares do “Ágape”, lançado em 2012. No ano passado, lançamos “Kairós” e, mesmo sem poder participar de eventos promocionais por conta do meu estado de saúde, vendemos quase dois milhões de cópias. Espero superar essa marca com “Philia Contra Depressão e Ansiedade”. Mais do que isso: quero mostrar às pessoas o quanto somos frágeis emocionalmente. Eu achava que depressão era frescura e vi que é uma doença séria. Mas acredito que quanto mais solidários e menos egoístas formos no nosso dia a dia, menores as chances de termos esse tipo de problema”.

Fonte: Portal Sucesso


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