A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, procurou neste sábado desvincular as variações do mercado financeiro ao seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto e previu uma alta nas ações da Petrobras.
Em evento de campanha em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, Dilma atribuiu à "especulação" as oscilações nos mercados de ações e de câmbio e negou que essas altas e baixas tivessem relação com as pesquisas de intenção de voto para presidente da República, que têm sido acompanhadas de perto pelo mercado financeiro.
"Esse negócio de usar pesquisas eleitorais, avaliações eleitorais para descer e subir dólar tem a ver mais com a especulação e não com propriamente uma rejeição de A, B ou C", avaliou a presidente.
"É porque é muito mais fácil você justificar subidas e descidas botando a culpa em outrem e não em mecanismos de especulação característicos do mercado financeiro, não é?", indagou.
Frequentemente participantes do mercado financeiro atribuem as variações do câmbio e das ações de empresas estatais, como Petrobras e Eletrobrás, ao desempenho de Dilma e de seus rivais na disputa pelo Planalto nas pesquisas eleitorais.
Operadores e analistas costumam atribuir as altas nos papéis dessas duas empresas a quedas de Dilma nas pesquisas.
Dilma lidera as pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, seguida pela candidata do PSB, Marina Silva, mas aparece atrás da rival nas simulações de segundo turno entre ambas, embora tecnicamente empatada na margem de erro, segundo pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira.
Levantamento do Datafolha, divulgado também na semana passada, mostra Dilma e Marina empatadas na liderança tanto no primeiro quanto no segundo turno.
Alheia às avaliações do mercado em relação aos papéis da Petrobras e à corrida presidencial, Dilma apontou as reservas do petróleo na camada pré-sal ao prever uma alta nas ações da estatal, atualmente alvo de denúncias de corrupção.
Fonte: Portal Sucesso