Em meados dos anos 90, o mercado decretou a morte do vinil. A era dos CDs e, posteriormente, dos arquivos digitais, tornou a vida das pessoas mais prática. Afinal de contas, ninguém precisava mais levantar do sofá para virar o lado do disco. Além do mais, aquelas enormes pilhas de LPs foram trocadas por um pequeno aparelho que pode guardar milhares de músicas.
Porém, muita gente sente saudade de uma relação mais próxima com a música. Um disco de vinil é arte do início ao fim, desde o espaço privilegiado para a arte da capa, até o som inconfundível do atrito entre a agulha e o disco em si. A música estava encaixada nesse contexto, em que o artista preparava um trabalho para ser apreciado por todos os sentidos.
São esses saudosistas e uma nova geração de aficionados pelo vinil que estão provocando uma forte retomada no mercado do formato. Em 2013, a indústria brasileira de vinil já colocou mais de 60% a mais de discos no mercado. Na Inglaterra, foram vendidos mais de 780 mil discos em 2013, maior número desde 2003. Já nos Estados Unidos, foram produzidos mais de 6 milhões de discos de vinil, no ano passado.
Essa nova realidade provoca o surgimento de novas oportunidades para entusiastas do formato. Uma solução artesanal foi criada por Arthur Joly e seu sócio Niggas. Juntos, eles criaram a Vinyl Lab, em São Paulo (SP), onde fabricam discos no método lathe cut. Isso quer dizer que eles cortam os vinis de forma, praticamente, manual.
Por isso, o custo sai mais elevado do que o de um disco comum. Um vinil de doze polegadas chega a custar R$ 200, enquanto um de sete fica por R$ 150. O processo se mostra ideal para projetos especiais, coisa de colecionador, mesmo. O artista pode encomendar desde uma unidade, ate trinta. Para mais do que isso, eles aconselham procurar uma fábrica.
Fonte: Portal Sucesso de Rádios