Os presidentes de Israel e da Palestina se reúnem para um encontro de orações sem precedentes com o Papa Francisco neste domingo, um gesto que ele espera que possa "recriar um desejo, uma possibilidade" de relançar o processo de paz, atualmente paralisado, do Oriente Médio.
O Vaticano minimizou qualquer expectativa de que a reunião de domingo à noite entre Shimon Peres e Mahmoud Abbas – anunciada como uma "pausa na política" – leve a qualquer avanço imediato dos problemas da região e diz que não está interferindo em assuntos regionais.
"Ninguém é tão presunçoso a ponto de pensar que a paz vai acontecer na segunda-feira", disse o padre Pierbattista Pizzaballa, o encarregado dos locais católicos na Terra Santa e um dos principais organizadores do encontro.
"A intenção dessa iniciativa é de reabrir uma estrada que está fechada há algum tempo, de recriar um desejo, uma possibilidade, de fazer as pessoas sonharem", disse, acrescentando que o papa não quer se envolver em detalhes de questões como fronteiras ou assentamentos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, principal tomador de decisões de Israel, não está participando do encontro e se recusa a lidar com o governo palestino de unidade nacional, apoiado pelo grupo islâmico Hamas, que Abbas empossou na semana passada. Peres deve deixar o cargo no mês que vem.
Fonte: Reuters