Abdel Fattah al-Sisi, o general que depôs o presidente islâmico eleito do Egito Mohamed Mursi e que deve se tornar o novo chefe de Estado egípcio, pediu ajuda aos Estados Unidos para combater o terrorismo e evitar a criação de novos casos como o do Afeganistão no Oriente Médio.
Na primeira entrevista para um veículo internacional de comunicação às vésperas da eleição de 26 e 27 de maio, Sisi pediu a retomada da ajuda militar norte-americana, avaliada em 1,3 bilhão de dólares anuais, que foi parcialmente congelada depois da repressão à Irmandade Muçulmana.
Questionado sobre que mensagem tem para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Sisi disse: “Estamos travando uma guerra contra o terrorismo”.
“O Exército egípcio está conduzindo grandes operações no Sinai para que este não seja transformado em uma base para o terrorismo que irá ameaçar seus vizinhos e desestabilizar o Egito. Se o Egito estiver instável, a região inteira fica”, afirmou o general, de fala mansa, vestindo um terno escuro.
“Precisamos de apoio e de equipamento norte-americano para combater o terrorismo.”
Sisi disse que a vizinha Líbia, que mergulhou no caos na esteira da revolta apoiada pelo Ocidente que derrubou Muammar Gaddafi, está se tornando uma grande ameaça de segurança para o Egito, já que jihadistas se infiltram pela fronteira para combater as forças de segurança.
Ele afirmou que o Ocidente precisa entender que o terrorismo chegará às suas portas a menos que ajude a erradicá-lo. “O Ocidente tem que prestar atenção ao que acontece no mundo – o mapa do extremismo e sua expansão. Este mapa chegará a vocês inevitavelmente”, declarou.
Fonte: Reuters