O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos lançou sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSB nesta segunda-feira, oficializando a ex-senadora Marina Silva como pré-candidata a vice-presidente, e disse que o país não precisa de um gerente e sim de um líder que construa o diálogo.
No evento do lançamento da chapa, realizado em Brasília, o PSB divulgou uma carta de princípios da pré-candidatura de Campos, que incluem ampliar os debates para elaborar o programa de governo e dar transparência e visibilidade às ações e à prestação de contas, entre outros pontos.
"Precisamos deixar claro nesse debate que o Brasil, mais do que um gerente, o Brasil quer uma liderança, uma liderança que construa o diálogo, que respeite os diferentes, que marque os encontros e não os desencontros, que não amesquinhe o Brasil, que não reduzam o país a um partido", disse Campos para uma plateia de correligionários.
O lançamento das pré-candidaturas, que deverão ser confirmadas em convenção partidária em junho, deve ajudar os eleitores a saber que Campos e Marina estarão juntos na corrida eleitoral à Presidência da República. O PPS e o PPL já manifestaram apoio à chapa socialista.
A principal aposta do PSB é que os cerca de 20 milhões de eleitores que votaram em Marina na disputa presidencial de 2010 ainda estejam dispostos a apoiá-la, mesmo como vice de Campos, permitindo, assim, que ele chegue ao segundo turno da eleição.
Campos e Marina adotaram um discurso de alternativa ao PT e ao PSDB, partidos que têm ocupado a Presidência da República nos últimos 19 anos.
Os dois pré-candidatos, que foram ministros durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, centraram suas críticas na presidente Dilma Rousseff, poupando palavras ácidas contra o ex-chefe e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil foi perdendo seu rumo estratégico, foi perdendo seus fundamentos macroeconômicos, o Brasil foi perdendo na inclusão social", disse Campos. "A gente viu que esse processo nos conduziu ao cabo de três anos a um diagnóstico que é voz corrente no país. O Brasil parou", afirmou.
Fonte: Reuters