O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou nesta segunda-feira uma lei que proíbe a publicidade do aborto.
A lei faz parte de uma tentativa de aumentar a natalidade do país, que registra um alarmante envelhecimento de sua população.
A nova lei proíbe a publicidade de todos os serviços médicos destinados à interrupção forçada da gravidez, informou o Kremlin em seu site.
Segundo as agências locais, a câmara dos deputados (Duma) russa aprovou esta lei no último dia 15 de novembro, a qual foi respaldada pelo Senado no último dia 20.
A Duma aprovou a lei que limita o aborto, mas rejeitou as propostas da Igreja Ortodoxa Russa que demandava, entre outras coisas, a permissão do marido para a realização do aborto.
Em 2011 foi aprovada uma lei que torna o aborto legal só até 12° semana de gestação, com algumas exceções, como em casos de complicações médicas ou violência sexual.
Além disso, a nova lei também estipula um período de dois a sete dias, conhecida como a "semana de silêncio", para que a mulher possa reconsiderar sua decisão de interromper sua gravidez.
Segundo o Ministério da Saúde da Rússia, o país tem um dos índices de aborto mais altos do mundo, com mais de um milhão por ano. Em 2004, a Rússia apresentava o mais alto número de abortos no mundo, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com as estatísticas oficiais, as mulheres russas se submetem a uma média de dois abortos ao longo de sua vida e 20% dos casais são incapazes de ter filhos por causa de sequelas de abortos mal sucedidos.
O aborto era um método comum de controle de natalidade na União Soviética, já que a falta de preservativos e o desconhecimento de métodos anticoncepcionais faziam do aborto a única forma de planejamento familiar.
VISITA
O papa Francisco recebeu Putin, nesta segunda-feira, em um encontro que durou cerca de 35 minutos.
O mandatário russo chegou com cerca de 50 minutos de atraso ao encontro, marcado para as 17h locais (14h, no horário de Brasília).
Fonte: Folha.com shave via Faceboo,