Rússia, 19 Nov (Reuters) - Um tribunal russo concedeu nesta terça-feira liberdade sob fiança à brasileira Ana Paula Maciel e a outros oito ativistas estrangeiros do Greenpeace detidos após protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.
Ana Paula e o neozelandês David Haussmann foram os primeiros estrangeiros a obter liberdade sob fiança nas audiências para determinar se as 30 pessoas presas no protesto na plataforma em setembro deveriam permanecer sob custódia depois de 24 de novembro.
Ativistas de Argentina, Canadá, Itália, França, Finlândia e Polônia também obtiveram o benefício sob o pagamento de fiança de 2 milhões de rublos, ou 61,3 mil dólares.
O Greenpeace disse, contudo, que não estava claro se eles teriam permissão para voltar para casa.
Ana Paula, de 31 anos, que durante a audiência segurou um cartaz escrito a mão onde se lia a frase "Prisão ilegal, Vergonha para a Rússia", começou a chorar de alegria ao ouvir a decisão do juiz.
Haussmann, de 49 anos, engenheiro elétrico no Artic Sunrisse, o navio quebra-gelo que o Greenpeace usou no protesto na plataforma petrolífera de Prirazlomnaya, na costa norte da Rússia, descreveu a sentença como vitória do "senso comum".
Todos os 30 ativistas do Greenpeace foram acusados de vandalismo na manifestação, durante a qual os ativistas tentaram escalar uma plataforma de petróleo que é crucial no esforço da Rússia para explorar os recursos do Ártico. Eles podem pegar até sete anos de prisão se forem condenados, em um caso que desencadeou críticas no Ocidente.
Na segunda-feira cortes de São Petersburgo ordenaram a libertação de três russos mediante o pagamento de fiança, mas determinaram que o australiano Colin Russell deve continuar preso até 24 de fevereiro.
Fonte: Reuters