O número de mortes provocadas por um dos mais poderosos tufões do mundo aumentou para 4.000 nesta sexta-feira, mas a distribuição de ajuda está sendo tão irregular que corpos ainda não foram recolhidos e milhares de pessoas tentam desesperadamente sair das regiões afetadas na parte central das Filipinas.
Depois de vários dias, centenas de membros de equipes internacionais de ajuda armavam hospitais de campanha e distribuíam suprimentos, enquanto helicópteros de um porta-aviões dos Estados Unidos levavam remédios e água a regiões remotas arrasadas pelo tufão Haiyan há uma semana.
"Estamos muito, muito preocupados com milhões de crianças", disse o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Marixie Mercado, a repórteres em Genebra.
Um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) elogiou cautelosamente a ajuda que muitos países estão oferecendo.
"A resposta da comunidade internacional não tem sido enorme em comparação à magnitude do desastre, mas tem sido muito generosa até agora", disse Jens Laerke, do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários, em entrevista coletiva.
O capitão Victoriano Sambale, um médico militar que desde sábado tem tratado pacientes em uma sala cheia de lixo e detritos em Tacloban, a cidade mais afetada, disse que houve uma mudança no ritmo da resposta ao desastre.
"Posso ver que a ajuda internacional está chegando aqui", disse. "No primeiro dia nós tratamos mais de 600 pacientes. No segundo dia, tivemos mais de 700. No terceiro, perdemos a conta", afirmou.
O presidente filipino, Benigno Aquino, pego de surpresa pela escala do desastre, tem sido criticado pela lentidão na distribuição da ajuda e falta de precisão nas estimativas de vítimas, especialmente em Tacloban, capital da província de Leyte.
Fonte: Reuters