O Brasil não possui nenhuma universidade no ranking das 200 melhores instituições de ensino superior da Times Higher Education, uma dos principais listas de universidades do mundo. O ranking 2013-2014 foi divulgado nesta quarta-feira, 2, e mostra que tanto a Universidade de São Paulo (USP) quanto a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram na lista. A USP, que no ano passado figurava em 158º lugar, está entre as 226 e 250 melhores instituições. Já a Unicamp não entrou sequer na lista das 300 melhores.
Dos países que tinham ao menos uma universidade no ranking das 200 melhores no ano passado, o Brasil é o único que não está mais na lista. Hoje há 26 nações no topo - nenhuma da América Latina. Ocupam o primeiro lugar os Estados Unidos, com 77 universidades, seguidos de Reino Unido, com 31, e Holanda, com 12. Nesse ranking, o Instituto Tecnológico da Califórnia ocupa, pelo terceiro ano seguido, o primeiro lugar, atrás das universidades de Harvard, Oxford e Stanford. O Massachusetts Institute of Technology, as universidades de Princeton, Cambridge, California, Berkeley, Chicago e o Imperial College London completam a lista dos dez melhores.
O ranking usa 13 critérios para examinar as universidades, divididos em cinco categorias: ensino (30%), pesquisa (30%), citações (32,5%), parcerias com indústrias (2,5%) e diversidade internacional (5%). Segundo o editor do ranking, Phil Baty, este foi um ano ruim para o Brasil nos rankings e isso se tornou ainda mais "sério" porque tanto USP quanto Unicamp caíram do "time de elite". No entanto, ele afirmou que o País ainda é um centro de excelência em ciências biológicas e que a internacionalização por meio do Ciência Sem Fronteiras pode estimular a internacionalização das instituições do Brasil. E ainda deu um conselho: “os resultados nos ranking melhorarão com o uso do inglês nas universidades brasileiras: muitos países adotaram o idioma como principal língua de aprendizado."
De acordo com a pró-reitora de pesquisa da Unicamp, Glaucia Maria Pastore, o desempenho da instituição no ranking aponta para necessidade de substituição dos docentes e aprimoramento da infraestrutura de pesquisa e internacionalização. "Conforme você transita pelo mundo, envia e recebe cientistas, aumenta visibilidade, o que interfere no ranking",afirma. Até o fechamento da reportagem, a assessoria de imprensa da USP não se manifestou.
Fonte: Estadão