Especialistas da ONU deixam Síria após investigar ataque químico
Mundo - 31/08/2013 09:43
Especialistas da ONU deixaram a Síria neste sábado após investigar um ataque com gás que matou centenas de civis, enquanto os Estados Unidos afirmam que estão planejando uma resposta limitada para punir o presidente sírio Bashar Al-Assad pelo ataque "brutal".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que o país está no processo de planejar uma ação militar "limitada" que não envolveria soldados em terra ou um cronograma ilimitado.
Em um sinal de que os EUA podem estar se preparando para atuar, o secretário de Estado John Kerry conversou por telefone na sexta-feira com ministros de Assuntos Exteriores de importantes parceiros da Europa e do Golfo, assim como com o secretário geral da Liga Árabe, informou um responsável do Departamento de Estado norte-americano.
Uma testemunha da Reuters disse que a equipe de especialistas da ONU chegou ao aeroporto internacional de Beirute no sábado, após cruzar a pé a fronteira da Síria para o Líbano no início do dia.
A equipe de 20 membros, incluindo especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas, já esteve na área controlada por rebeldes no bairro Ghouta de Damasco três vezes, pegando amostras de sangue e tecidos das vítimas. Eles também pegaram amostras do solo, roupas e fragmentos de foguetes.
As amostras serão enviadas a laboratórios na Europa, principalmente na Suécia e Finlândia, para análise. Os especialistas já pegaram amostras para testar o uso de gás sarín ou outros agentes tóxicos.
A análise deve determinar se houve um ataque químico mas não quem foi o responsável pelo ataque de 21 de agosto no subúrbio de Damasco.
Os resultados finais não devem ficar prontos por duas semanas, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon aos membros do Conselho de Segurança, segundo diplomatas.
Os Estados Unidos divulgou seu próprio relatório de inteligência não classificado para o ataque, que Kerry afirmou ter resultado na morte de 1.429 civis sírios e ter sido um trabalho das forças de Assad.
Fonte: Reuters
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