Parlamento britânico rejeita ataque à Síria; Obama continua favorável
Mundo - 29/08/2013 20:35
O Parlamento britânico rejeitou na quinta-feira uma moção de apoio a uma ação militar na Síria, refletindo as profundas divisões quanto ao uso de força para punir o presidente Bashar al Assad por um suposto ataque com armas químicas contra civis na semana passada.
Autoridades dos EUA admitiram não terem provas conclusivas de que Assad ordenou o ataque com gás, e alguns aliados alertaram que uma ação militar sem autorização do Conselho de Segurança da ONU poderá agravar a situação.
Os principais funcionários de segurança nacional da Casa Branca devem falar ao Congresso dos EUA ainda na quinta-feira, mas já parece claro que qualquer intervenção será adiada pelo menos até que investigadores da ONU se pronunciem sobre as investigações do ataque, depois de deixarem a Síria, no sábado.
A moção votada no Parlamento britânico tinha um caráter simbólico, mas o primeiro-ministro David Cameron disse que irá respeitar a vontade dos parlamentares, num revés para os esforços de Obama para formar uma coalizão militar contra Assad. Mesmo que a medida tivesse sido aprovada, ela ainda seria submetida a uma segunda votação parlamentar.
Segundo o secretário de Defesa britânico, Philip Hammond, a Grã-Bretanha não participará de qualquer ação militar contra a Síria após a derrota no Parlamento.
Os Estados Unidos, um aliado-chave, ficarão desapontados com o fato de que a Grã-Bretanha "não se envolverá", disse Hammond, acrescentando: "Eu não espero que a falta de participação britânica evitará qualquer intervenção."
Ainda antes da rejeição à moção em Londres, Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, afirmou que os EUA estariam dispostos a agir por conta própria.
"Quando o presidente (Barack Obama) chegar a uma determinação sobre a resposta apropriada (...) e uma justificativa legal for solicitada para substanciar ou amparar tal decisão, vamos apresentar uma por conta própria", afirmou Earnest.
Fonte: Reuters
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