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EUA não têm dúvidas que regime sírio usou armas químicas, diz Kerry

Mundo - 26/08/2013 18:34


 secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que o governo americano não tem mais dúvidas que o regime sírio de Bashar al-Assad de fato usou "indiscriminadamente" armas químicas na guerra civil no país.

Na última quarta (21), a oposição síria acusou as tropas do ditador Bashar al-Assad de lançar um ataque durante a madrugada sobre quatro cidades da região de Ghouta. Os ativistas sírios afirmam que mais de 1.300 pessoas morreram. Já a organização Médicos Sem Fronteiras diz que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos causados por intoxicação em hospitais da periferia da capital síria, sendo que 355 morreram.

A ação aconteceu três dias após a chegada de inspetores da ONU a Damasco para investigar o uso de armas químicas no país. Há pelo menos outras quatro acusações, feitas pelo regime sírio e a oposição, sobre a aplicação de armamento químico no conflito de mais de dois anos.

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Depois de meses sugerindo que havia apenas indícios e crescentes provas do uso, Kerry agora disse não ter mais dúvidas --o que, para muitos, prepara o terreno para uma ação militar americana. Em agosto do ano passado, Obama havia dito que o uso de armas químicas, proibidas em convenção da ONU, seria a "linha vermelha" que a ditadura síria não poderia ultrapassar.
Kerry disse que passou o fim de semana falando com ministros das Relações Exteriores europeus e do Oriente médio sobre o que está acontecendo no conflito sírio.

"O uso de armas químicas desafia qualquer código de moralidade, matando indiscriminadamente civis, é abominável", disse Kerry esta tarde em Washington, no Departamento de Estado.

"O que aconteceu lá vai muito além do conflito em si. O mundo baniu o uso de armas químicas", dizendo que o governo sírio precisa ser responsabilizado pelos seus atos.

Pesquisa do mês passado da rede CNN dizia que 60% dos americanos são contra qualquer envolvimento militar na Síria. Para analistas americanos, Obama sofre de uma "síndrome do Iraque" --ele foi eleito por ter sido contra a guerra promovida pelo antecessor, George Bush, então seria mais cauteloso antes de tomar qualquer iniciativa militar.
Fonte: Folha.com

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