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Autoridades e movimentos sociais fazem alerta contra violência

Brasil - 21/06/2013 22:09



Autoridades e movimentos sociais criticaram nesta sexta-feira o aumento da violência em parte das manifestações que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas em todo o Brasil na véspera.
 
A onda de protestos no país, que começou há cerca de duas semanas, teve seu ápice na quinta-feira em dezenas de municípios, mesmo após a reivindicação inicial pela queda das passagens ter sido atendida em diversas cidades.
 
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Giberto Carvalho, afirmou nesta manhã que o governo celebra a democracia e as manifestações populares, mas que a violência não será tolerada.
 
"O que está preocupando nos últimos momentos? É que as manifestações acabam sendo palco para manifestações de um tipo de expressão lamentável e irresponsável de vandalismo, que não podemos aceitar", disse Carvalho, durante reunião fechada sobre a Jornada Mundial da Juventude no fim de julho, que terá a presença prevista do papa Francisco.
 
Os atos de violência se agravaram em várias localidades. Em Brasília, manifestantes --que agora pedem uma extensa pauta que vai de melhoria dos serviços públicos à crítica pelos gastos para realização da Copa do Mundo no país-- chegaram a invadir e atear fogo ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
 
Em todo o país, dezenas de pessoas ficaram feridas. No Rio de Janeiro, 62 pessoas feridas foram atendidas em um hospital na região central da capital. Também na quinta foi registrada a primeira morte relacionada a um protesto, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O motorista atropelou 12 pessoas que participavam da manifestação na cidade, matando um jovem de 20 anos.
 
O Movimento Passe Livre (MPL), que deu partida a uma série de manifestações em diversas cidades brasileiras pela redução da tarifa do transporte público, informou nesta sexta-feira que por ora não convocará mais protestos em São Paulo.
 
"O MPL aqui em São Paulo não vai mais convocar os protestos. Pelo menos por enquanto, não tem nenhuma previsão de novas manifestações", disse o bancário e militante do MPL, Douglas Belome, à Reuters, por telefone.
 
Na cidade do Rio de Janeiro, onde mais de 300 mil pessoas protestaram, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) afirmou que a Secretaria de Segurança e o governo do Estado "vão agir para proteger aqueles que acreditam na democracia".
Fonte: Reuters

 

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