Produtores da agricultura empresarial terão 136 bilhões de reais à disposição para financiar a safra 2013/14, 18 por cento a mais que na temporada anterior, com recursos adicionais para investir em armazenagem de grãos, um setor deficitário no país, anunciou o governo federal nesta terça-feira.
O chamado Plano Safra inclui 97,6 bilhões de reais para custeio e comercialização, segundo o Ministério da Agricultura, e outros 38,4 bilhões de reais em crédito para programas de investimento.
Em 2012/13 o plano previa liberação total de 115,2 bilhões de reais.
Em meio a uma safra recorde que enfrenta dificuldades para o escoamento, devido à logística deficitária no país, o governo também anunciou uma linha de financiamento especial para investimentos em armazenagem privada.
Serão liberados 25 bilhões de reais pelos próximos cinco anos, estando 5 bilhões disponíveis já para este ano. O prazo de pagamento será de 15 anos, com taxa de juros de 3,5 por cento ano.
"É um valor que corresponde a 65 milhões de toneladas (de armazenagem)", disse o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, durante cerimônia de lançamento do plano, em Brasília. "Vamos suprir a deficiência de armazenagem que o Brasil tem hoje."
O ministro avalia que os investimentos permitirão que a capacidade de armazenagem do país se equipare ao volume de produção.
Andrade projetou uma safra total de grãos de 190 milhões de toneladas em 2013/14, contra uma colheita estimada em mais de 184 milhões de toneladas para a temporada 2012/13.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão que administra os armazéns federais, receberá aporte de 500 milhões de reais, anunciou Andrade.
Fonte: Reuters