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Países começam a assinar na ONU tratado para regular comércio de armas

Mundo - 03/06/2013 19:23



Delegados de dezenas de países, entre eles o Brasil, se reuniram em Nova York nesta segunda-feira para assinar o primeiro tratado para regular o comércio mundial de armas convencionais, que movimenta 70 bilhões de dólares em todo o planeta, mas os Estados Unidos não estavam entre eles.
 
Em 2 de abril, a Assembleia-Geral da ONU, que congrega 193 nações, aprovou por esmagadora maioria o Tratado de Comércio de Armas das Nações Unidas, cujo objetivo é manter as armas fora do alcance de criminosos e violadores dos direitos humanos.
 
Na ocasião, Irã, Síria e Coreia do Norte foram os únicos países a votarem contra. Por causa desses três Estados, uma conferência para elaboração do tratado, na sede da ONU, em março, não conseguiu alcançar o necessário consenso para aprovação do pacto.
 
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, foi o primeiro a assinar o tratado, após o início da cerimônia de assinatura na sede da ONU nesta segunda-feira. Houve uma grande salva de palmas depois de ele ter posto sua assinatura no documento.
 
De acordo com a ONU, 62 países, da Europa, América Latina, Ásia e África endossaram o tratado pela manhã. O próximo na fila seria o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, o que tornaria a Alemanha a 63ª signatária.
 
A alta representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Angela Kane, declarou a repórteres que várias outras nações vão assinar nos próximos dias, o que elevará o quórum inicial para 66.
 
"A assinatura do Tratado de Comércio de Armas dá esperança para os milhões afetados pela violência armada todos os dias", disse Anna Macdonald, do grupo humanitário Oxfam. "As consequências humanitárias devastadoras do ... conflito na Síria demonstram o quanto é necessária e urgente a regulamentação do comércio de armas."
 
"Traficantes de armas e ditadores receberam uma mensagem clara de que acabou o tempo de fácil acesso a armas", acrescentou. "Por gerações, o comércio de armas tem permanecido envolto em segredo, mas a partir de agora será aberto ao escrutínio".
Fonte: Reuters

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