A presidente Dilma Rousseff adotou tom otimista ao inaugurar o estádio Nacional Mané Garrincha e criticou neste sábado o "complexo de vira-lata" daqueles que apostavam que o Brasil não entregaria as seis arenas acertadas com a Fifa a tempo da Copa das Confederações no mês que vem.
Em sua primeira aparição pública desde a conturbada aprovação da Medida Provisória dos Portos no Congresso Nacional, a presidente também aproveitou para agradecer ao Legislativo pela aprovação da medida.
"Um ano e meio atrás diziam que os estádios não ficariam prontos. E o que estamos vendo são estádios construídos e sendo entregues", disse a presidente durante seu discurso.
Com um custo estimado em cerca de 1 bilhão de reais, o estádio Nacional Mané Garrincha é o quinto dos seis estádios que receberão jogos da Copa das Confederações no mês que vem a ser entregue. Na segunda-feira, a sexta arena que receberá partidas do torneio, a Arena Pernambuco, também será inaugurada com a presença de Dilma.
A nova arena de Brasília, inaugurada com 97 por cento das obras concluídas, vai sediar o jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão em 15 de junho, e outras sete partidas do Mundial de 2014. As obras iniciadas em 2010 sofreram atrasos e a inauguração estava inicialmente prevista para abril.
Em seu discurso, Dilma aproveitou para exaltar o ex-jogador Mané Garrincha, morto em 1983 e bicampeão do mundo com a seleção brasileira em 1958 e 1962, que dá nome ao estádio.
O nome do ex-jogador chegou a gerar polêmicas com a Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, que queria se referir à nova arena somente como Estádio Nacional durante a Copa das Confederações e o Mundial do ano que vem.
"Esta homenagem é merecida e feita na capital federal do nosso país, Brasília. É a homenagem a um atleta brasileiro que era um gênio na arte do futebol, um grande improvisador", disse a presidente antes de citar outro personagem histórico do futebol brasileiro, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues e sua famosa expressão "complexo de vira-lata".
"(Garrincha) tinha na imensa capacidade de jogar futebol sua arma para demonstrar para o mundo e para o Brasil aquilo que o nosso grande cronista esportivo Nelson Rodrigues disse que era algo que o Brasil tinha que superar, que era o complexo de vira-lata."
Fonte: Reuters