No dia 14 de março, estreará mais uma versão brasileira do consagrado musical Jesus Cristo Superstar. Com direção de Jorge Takla, o espetáculo conta com o ator Igor Rickli no papel principal e será montado no teatro do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP). Assim como há mais de quarenta anos – quando a primeira versão do musical estreou nos Estados Unidos – mais uma vez, a ideia da peça não agradou muito alguns grupos religiosos.
Em São Paulo (SP), onde o espetáculo será montado, a Associação Devotos de Fátima publicou uma petição na internet, pedindo o cancelamento do seu financiamento com recursos públicos. O Ministério da Cultura autorizou os produtores a captarem R$ 5,7 milhões pela Lei Rouanet. As empresas que contribuírem terão benefícios fiscais do governo.
O texto da petição afirma não ser correto o Estado laico ajudar a promover espetáculos que, por ventura, violentem a fé de determinada religião. “Não é lícito ao Estado laico violentar barbaramente a fé de milhões de pessoas, promovendo, com o dinheiro dos contribuintes, o evento blasfemo que ocorrerá no dia 14 de março, com o lançamento da ópera-rock ‘Jesus Cristo Superstar’”. Até agora, a petição atingiu 31 mil assinaturas, das 50 mil que foram estipuladas como meta.
Em sua resposta, a ministra Marta Suplicy afirmou que o Ministério da Cultura respeita a diversidade religiosa. Ela ainda afirmou que o espetáculo tem sido aclamado no mundo inteiro, pela sua qualidade. “Observamos respeito à diversidade religiosa num país cujo Estado é laico. A proposta foi avaliada tecnicamente, como outras, aprovada pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), composta por representantes de artistas, empresários, sociedade civil e do Estado, o que nos pareceu adequado”, respondeu sua assessoria.
Fonte: Portal Sucesso